segunda-feira, 28 de maio de 2012

O monstro do biscoito


Adoro biscoitos.

Não venham me falar que engorda. Não venham me dizer que fazem mal à saúde. Eu juro que como toda a minha verdura, mamãe, mas me deixe com meus biscoitos.

Os caseiros são os melhores. Amo os cookies que uma amiga americana faz - ela me deu a receita, alguém quer fazer para mim? Adoro biscoitos de polvilho (frescura... é peta, mesmo!). E compro saquinhos de biscoitos amanteigados feitos em pequenas produções que sabe Deus se cumprem as normas de segurança alimentar, mas pelo menos tem gosto de alguma coisa.

Eu também gosto de alguns biscoitos industrializados, como o Waffer de morango Estrela, o Chocolícia da Nabisco e o Maxi Bauducco. E a minha infância tem cara de biscoito Brasília molhado no café e de biscoito São Luiz de chocolate com suco de maracujá.

O biscoito Brasília foi descontinuado pela Pilar, e o São Luiz foi comprado pela Nestlé, virou Bono e perdeu o sabor. Já tentei reviver minha infância com ele, mas não dá. O biscoito (que agora está economizando no recheio) não tem mais o mesmo sabor. É porque retiraram a gordura trans? Ou é porque terceirizaram a produção?

Falando em terceirizações e aquisições, na coluna do Egydio Serpa de hoje lemos sobre o monopólio do biscoito no Ceará. Quem perde com isso é o povo cearense, que, mesmo orgulhoso em ver uma fábrica daqui ser uma das maiores do Brasil e do mundo, perde com os cortes nos empregos, enquanto que o investimento de outras indústrias no Estado geraria mais emprego e renda. A concorrência é vital para a economia, tanto para o empregado, quanto para o fornecedor e principalmente para o consumidor.