segunda-feira, 28 de maio de 2012
O monstro do biscoito
Adoro biscoitos.
Não venham me falar que engorda. Não venham me dizer que fazem mal à saúde. Eu juro que como toda a minha verdura, mamãe, mas me deixe com meus biscoitos.
Os caseiros são os melhores. Amo os cookies que uma amiga americana faz - ela me deu a receita, alguém quer fazer para mim? Adoro biscoitos de polvilho (frescura... é peta, mesmo!). E compro saquinhos de biscoitos amanteigados feitos em pequenas produções que sabe Deus se cumprem as normas de segurança alimentar, mas pelo menos tem gosto de alguma coisa.
Eu também gosto de alguns biscoitos industrializados, como o Waffer de morango Estrela, o Chocolícia da Nabisco e o Maxi Bauducco. E a minha infância tem cara de biscoito Brasília molhado no café e de biscoito São Luiz de chocolate com suco de maracujá.
O biscoito Brasília foi descontinuado pela Pilar, e o São Luiz foi comprado pela Nestlé, virou Bono e perdeu o sabor. Já tentei reviver minha infância com ele, mas não dá. O biscoito (que agora está economizando no recheio) não tem mais o mesmo sabor. É porque retiraram a gordura trans? Ou é porque terceirizaram a produção?
Falando em terceirizações e aquisições, na coluna do Egydio Serpa de hoje lemos sobre o monopólio do biscoito no Ceará. Quem perde com isso é o povo cearense, que, mesmo orgulhoso em ver uma fábrica daqui ser uma das maiores do Brasil e do mundo, perde com os cortes nos empregos, enquanto que o investimento de outras indústrias no Estado geraria mais emprego e renda. A concorrência é vital para a economia, tanto para o empregado, quanto para o fornecedor e principalmente para o consumidor.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Esperando... É o jeito!
Estou gestante de 8 meses com meu filho de 5 anos há exatas duas horas e cinquenta minutos no hospital Luís França com meu filho de 5 anos, que esta com diarreia e dores na nuca, e ainda há 23 pessoas na nossa frente para serem atendidas.
O hospital nem foi minha primeira opção. Só aceitei vir ao pronto socorro depois de ligar para o plano para saber o que eu podia fazer, mas fui orientada a procurar um hospital.
O detalhe é que certamente o medico não vai dar diagnostico nem prescrever nada, apenas pedir um hemograma, mas eu não tenho a opção de tomar essa providencia de imediato e não posso agilizar em nada esse atendimento.
O plano de saúde, camed, tem uma clinica própria na qual ele poderia ser atendido, se hoje não fosse dia de são José e o brasileiro não folgasse em feriado estadual, em que o trabalho é legalmente permitido, eu poderia ter sido atendida.
-------------------------
Fui perguntar para a atendente se havia algum medico faltando, porque há algum tempo não mudavam de senha. Grosseiramente ela respondeu: você acha que esta indo se devagar?! Para mim esta indo é rápido!!!
Claro que não basta ter atendimento lento e sem qualidade, também tem que ter estupidez.
-------------------------
Prontinho, fomos atendidos, após 5h30 de espera: sem diagnóstico e sem hemograma. Hidrate e vá na fé. Eu devia ter pensado nisso.
É isso aí, se você chegar às 14h ao hospital, quando chamavam o número 166, e você for número 202, pode ir em casa jantar, volte depois.
O hospital nem foi minha primeira opção. Só aceitei vir ao pronto socorro depois de ligar para o plano para saber o que eu podia fazer, mas fui orientada a procurar um hospital.
O detalhe é que certamente o medico não vai dar diagnostico nem prescrever nada, apenas pedir um hemograma, mas eu não tenho a opção de tomar essa providencia de imediato e não posso agilizar em nada esse atendimento.
O plano de saúde, camed, tem uma clinica própria na qual ele poderia ser atendido, se hoje não fosse dia de são José e o brasileiro não folgasse em feriado estadual, em que o trabalho é legalmente permitido, eu poderia ter sido atendida.
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Fui perguntar para a atendente se havia algum medico faltando, porque há algum tempo não mudavam de senha. Grosseiramente ela respondeu: você acha que esta indo se devagar?! Para mim esta indo é rápido!!!
Claro que não basta ter atendimento lento e sem qualidade, também tem que ter estupidez.
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Prontinho, fomos atendidos, após 5h30 de espera: sem diagnóstico e sem hemograma. Hidrate e vá na fé. Eu devia ter pensado nisso.
É isso aí, se você chegar às 14h ao hospital, quando chamavam o número 166, e você for número 202, pode ir em casa jantar, volte depois.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
O Óbvio Ululante
A notícia divulgada no site da OAB/CE causa graça:
"Para 80% dos magistrados, lentidão da Justiça se deve ao acúmulo de trabalho".
Eu quero saber é a quê se deve o acúmulo de trabalho.
Seria por que a jornada de 8h/dia é fictícia?
Seria pelo excesso de feriados e recessos?
Ou seria por que nem todos os cargos são ocupados por profissionais concursados, mas sim, algumas vezes, por pessoas indicadas por outros juízes, e que estão lá só pelo salário, sem qualquer experiência ou interesse em administrar?
Se alguém já tiver um indicador que responda esses questionamentos, eu gostaria de conhecer.
"Para 80% dos magistrados, lentidão da Justiça se deve ao acúmulo de trabalho".
Eu quero saber é a quê se deve o acúmulo de trabalho.
Seria por que a jornada de 8h/dia é fictícia?
Seria pelo excesso de feriados e recessos?
Ou seria por que nem todos os cargos são ocupados por profissionais concursados, mas sim, algumas vezes, por pessoas indicadas por outros juízes, e que estão lá só pelo salário, sem qualquer experiência ou interesse em administrar?
Se alguém já tiver um indicador que responda esses questionamentos, eu gostaria de conhecer.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Racismo Cordial
(Este é um post de Fevereiro de 2011 que só hoje resolvi publicar).
Hoje conheci uma expressão que faz todo o sentido: "racismo cordial". É aquele racismo presente nas músicas e expressões que fazem parte da cultura brasileira. Lembrei-me da discussão em torno da proibição dos livros de Monteiro Lobato, que retratou os costumes de sua época e em momento algum tinha como objetivo propagar o racismo. Entretanto, como sofri na pele a discriminação racial, deponho no sentido de que é constrangedor para crianças negras ter uma leitura desse tipo em sala de aula se não for acompanhada de orientação por parte dos professores no sentido de que se trata de uma época diferente e que hoje entendemos o quanto foram prejudicadas pessoas por esse comportamento inaceitável, que fere o respeito e dignidade dos cidadãos.
Crianças são crueis, sinto muito informar. Elas sabem que seus comentários podem ferir, apenas não entendem a dimensão disso. Cabe a nós, pais, garantir que nossos filhos tenham noções de civilidade; compete aos professores saber conduzir em sala de aula uma discussão saudável. Se não for assim, realmente não sei se os alunos terão maturidade para ler Monteiro Lobato.
Descobri esta manhã, ouvindo rádio, que alguém teve o despautério de regravar "mas como a cor não pega, mulata, mulata eu quero teu amor". E foi uma mulher quem regravou. No mínimo é negra também e acha que, por causa disso, pode cantar o que quiser. Nos Estados Unidos a expressão "nigger", que seria um "negão", é censurada como um palavrão, porque tem um caráter discriminatório e ofensivo. Por que uma canção, que é um clássico, mas é ofensiva, precisa ser regravada? Enquanto era uma música "de época" ela não me afetava, mas ao ouvi-la nas rádios de hoje, senti-me profundamente ofendida.
(Adendo atual)
Renato Aragão disse que no passado os negros não se ofendiam com piadas sobre sua cor. Não concordo: penso que eles apenas não podiam se ofender, porque se o fizessem, seria ainda pior. Aprenderam a rir disso, engolir a seco e fingir que levam na esportiva. Eu não aprendi. Aprendi, isso sim, que não devemos debochar da condição física de ninguém, e fico feliz porque a sociedade evoluiu para pensar assim. Falta muito, mas estamos a caminho.
Hoje conheci uma expressão que faz todo o sentido: "racismo cordial". É aquele racismo presente nas músicas e expressões que fazem parte da cultura brasileira. Lembrei-me da discussão em torno da proibição dos livros de Monteiro Lobato, que retratou os costumes de sua época e em momento algum tinha como objetivo propagar o racismo. Entretanto, como sofri na pele a discriminação racial, deponho no sentido de que é constrangedor para crianças negras ter uma leitura desse tipo em sala de aula se não for acompanhada de orientação por parte dos professores no sentido de que se trata de uma época diferente e que hoje entendemos o quanto foram prejudicadas pessoas por esse comportamento inaceitável, que fere o respeito e dignidade dos cidadãos.
Crianças são crueis, sinto muito informar. Elas sabem que seus comentários podem ferir, apenas não entendem a dimensão disso. Cabe a nós, pais, garantir que nossos filhos tenham noções de civilidade; compete aos professores saber conduzir em sala de aula uma discussão saudável. Se não for assim, realmente não sei se os alunos terão maturidade para ler Monteiro Lobato.
Descobri esta manhã, ouvindo rádio, que alguém teve o despautério de regravar "mas como a cor não pega, mulata, mulata eu quero teu amor". E foi uma mulher quem regravou. No mínimo é negra também e acha que, por causa disso, pode cantar o que quiser. Nos Estados Unidos a expressão "nigger", que seria um "negão", é censurada como um palavrão, porque tem um caráter discriminatório e ofensivo. Por que uma canção, que é um clássico, mas é ofensiva, precisa ser regravada? Enquanto era uma música "de época" ela não me afetava, mas ao ouvi-la nas rádios de hoje, senti-me profundamente ofendida.
(Adendo atual)
Renato Aragão disse que no passado os negros não se ofendiam com piadas sobre sua cor. Não concordo: penso que eles apenas não podiam se ofender, porque se o fizessem, seria ainda pior. Aprenderam a rir disso, engolir a seco e fingir que levam na esportiva. Eu não aprendi. Aprendi, isso sim, que não devemos debochar da condição física de ninguém, e fico feliz porque a sociedade evoluiu para pensar assim. Falta muito, mas estamos a caminho.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Fortaleza Imunda
Prefeita, não queremos festa de reveillon!
Queremos que o Frotinha da Parangaba tenha condições de realizar uma cirurgia em um paciente com risco de vida, sem precisar realizá-la na frente de outros 6 pacientes que estão apenas tomando soro.
Queremos que o asfalto nas ruas não fique esburacado ao sinal da menor chuva.
Queremos que a cidade realmente seja limpa e bela, sem precisarmos conviver com o lixo, o acúmulo de água das chuvas e as doenças que decorrem dessa falta das mínimas condições de higiene e estrutura.
Queremos ver campanhas efetivas para apoiar o combate à violência, a prostituição infantil e a proliferação do consumo do crack na cidade.
Prefeita, por favor, não nos dê uma noite de festa, bebida e fantasia... Reveillons haverão muitos... esse dinheiro pode salvar vidas.
Queremos que o Frotinha da Parangaba tenha condições de realizar uma cirurgia em um paciente com risco de vida, sem precisar realizá-la na frente de outros 6 pacientes que estão apenas tomando soro.
Queremos que o asfalto nas ruas não fique esburacado ao sinal da menor chuva.
Queremos que a cidade realmente seja limpa e bela, sem precisarmos conviver com o lixo, o acúmulo de água das chuvas e as doenças que decorrem dessa falta das mínimas condições de higiene e estrutura.
Queremos ver campanhas efetivas para apoiar o combate à violência, a prostituição infantil e a proliferação do consumo do crack na cidade.
Prefeita, por favor, não nos dê uma noite de festa, bebida e fantasia... Reveillons haverão muitos... esse dinheiro pode salvar vidas.
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